A depressão uma atormenta da alma
num deserto de escuridão,
hibernando a dor, o medo a angústia...
E aqui outra vez, em que perdi a corda,
do equilíbrio, desta vez crente,
crente
que a tristeza faz parte de mim, e
a solidão é a liberdade,
da minha própria prisão.
São segundos, são minutos, são horas,
são momentos no tempo,
que a vida propõe
mas, se hoje meu coração adormece
sem lua, amanhã meus olhos
iram acordar com sol,
a iluminar
minha esperança de um novo dia,
cheio de fé para uma noite brilhante,
onde há rancor,
há amor,
não poderei fazer um ponto final ao
meu capítulo,
mas sim, vírgulas e interrogações em mais uma página de caneta transparente,
na folha de água em que acento
a minha história, sem ilustrações
pouca ou nada tenho,
de imagens do meu tempo,
retratos da minha era
só lembranças, umas flashes,
outras gravadas numa rocha,
esculpida com a lâmina das minhas,
cicatrizes.
Hugo Dias 'Marduk'