Se eu morresse de amor,
Em vez de lágrimas
Eu queria que você
Colocasse junto a mim
Uma última recordação.
Se eu morresse de amor,
Eu saberia que o meu fim
Seria mais ameno e a
Mais doce das palavras que
Você me diria seria amor.
Se eu morresse de amor,
As andorinhas aos pares
Junto aos canários cantadores,
Recolheriam as suas penas
E as minhas dores.
Se eu morresse de amor,
A natureza teceria um véu
De rosas para enfeitar
O meu olhar perdido.
Se eu morresse de amor,
Sentiria um grande delírio
Que escorregaria de mansinho
Em versos e formularia
O meu canto de nunca mais
E eu cantaria baixinho
Para os passarinhos que
Em grande orquestra faria
Para ouvir o meu último canto.
Comendador Marcus Rios
Poeta Iunense – Acadêmico –
Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras (AIL)