Eu canto nos braços da noite,
beijo seus lábios, abraço seu corpo
com o mesmo calor que o sol aquece as Américas.
Tomo um sorriso de tropeção
nos dentes carentes de um brilho;
la vem a lua flertando o meu olhar,
seduzindo-me, fazendo da noite amor.
Você me pega com o sereno caindo
no seio da madrugada fria
me abraça diante do espelho,
das gotas de orvalho,
dos pássaros feridos cantantes
que reluz o prateado da lua;
vejo-me preso dentro das suas malhas.
Pequena noite,
quando desperta
já é madrugada!!!
Mulher, me enrola em seu corpo seminu,
faz-me cansado no movimento de uma gangorra
que sacode a corda esticada,
afundando o balde na água
fresca de um poço de sonhos não planejados.
Queima esse amor moço,
negra loira escura morena noite,
veste o seu manto de renda negra prendada
que eu já estou indo lhe abraçar bem apertadinho,
lá no bosque da esquina,
pois todo dia você menina ansiosa para amar
um homem, o mundo, uma mulher
anseia por mudanças transformadoras,
em desejos por beijos mortalmente
eficaz e feliz dado por mim.
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TCintra