Pobre coração que perdido
neste mundo de incoerência
não sabe mais se existe
outro coração que aparecerá
visivelmente na tela de sua eterna paixão.
Coração assim tímido,
gozando a vida do seu jeito,
nos bares, nas esquinas,
nos ônibus lotados,
longe de mim.
Pobre coração bélico,
de fuzil no peito,
a dor nos olhos ardentes
de paixão desastrada,
que um dia acertará muita gente
nos sonhos, na realidade atual.
Coração pobre, que rir alegremente,
que chora com a maldita enchente,
voa com o coração alheio,
sem saber se no futuro
haverá destroços do ser mutante
que um dia você amou
e hoje dorme inconsciente.
TCintra