Que te importa que eu sofra
Que interesse poderia
Ter os teus olhos meu amor
Se meu coração padece,
E que em meu peito
Pouco a pouco vai crescendo
Dentro de mim a mágoa
De querer não me querer.
Diz que me importa
Se em meu ser a noite
Passa vazia sem você
Perto de mim meu amor.
Que te importa se as chamas
Desta minha paixão cruel
Se você não me amas.
Nem tu, nem tu,
Bela donzela,
Tu que é o ideal
De meu viver,
Nem você ao menos
Escuta a minha confissão
De amor que eu faço para ti
E o que eu sinto por você
Simplesmente você nem nota.
Mas já que você viu nos meus olhos
Diz-me apenas que da tua alma
Surge um grito que rola sem eco,
Em vão pelo infinito,
Batendo de pedra em pedra
Como se fosse um nada sem fim.
Quando num lamurio
Eu me digo-te amo.
Mas nada disto me importa,
Deixe-me, portanto,
Pois nossos caminhos
São diferentes e não adianta
Seguirmos juntos, pois sei,
Que você não me quer.
Fique apenas com o teu sorriso
Para que a cada dia num
Novo amanhecer você venha
A perceber que o que você fez
Foi o pior momento de tua vida
E que vai te deixar infeliz
Para sempre meu amor.
Hoje você apenas sorri,
E eu tenho em minha vida
Muitos prantos que machucam
Este pobre coração sofrido de amor,
E na tua vida você é cercado por flores
Num lindo e belo jardim aonde reina
A tua felicidade e o teu passatempo,
Mas na minha vida sou apenas
Cercado por espinhos que me machucam
E ferem o meu coração que clama
E grita por um verdadeiro amor.
Comendador Marcus Rios
Poeta Iunense – Acadêmico –
Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras (AIL)