Sonetos : 

Nu-cósmico

 
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Eu que passo toda a vida
entre pesares e temores,
reais-falsos, fiéis ardores,
nada sinto da fé perdida.

E é no tempo a mais dorida
das fortunas e temperanças.
Vagos dias, ocas lembranças,
nada além de mente sofrida.

Quando sucumbir ao passado,
aos dias tórridos que se foram,
hei lembrar do tempo-alado

em que os sóis não nasceram,
e o tempo era som desgastado
que os nus-cósmicos comeram.

 
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Siturcio
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