Sou a África que te criou
Passageiro do Cais Valongo
Algemas caladas na lama
Sou Sankofa que te canta em versos
Pele negra que te lambe o sangue
Continente diverso dos teus brancos dentes
Muitas Áfricas, recuperando tua memoria
Esperança verde daqueles dias iguais
Canta, encanta-te, tanto teus sonhos menino
José Veríssimo