Já não vejo seu olhar, mas eu sinto seu olhar.
Já não vejo seu sorriso, mas eu sinto seu sorriso.
Já não vejo seu choro, mas eu sinto o seu choro.
Já não vejo sua tristeza, mas eu sinto sua tristeza.
Já não vejo sua alegria, mas eu sinto sua alegria.
Já não vejo seu carinho, mas eu sinto seu carinho.
Já não vejo seu falar, mas eu sinto seu falar.
Já não vejo seu calar, mas eu sinto o seu calar.
Já não vejo seu amor, mas eu sinto seu amor.
Em dias de profundas tristezas, estamos descobrindo, e olha, não é tarde demais, a maravilhosa qualidade do sentir, qualidade que as vezes era substituída pelo apenas ver, e sentir o outro é tão bom.
Por esse sentir não aflorado em nós, até o ver as vezes não tinha a importância que deveria ter, pois, se quisesse ver era apenas ver, como estamos impossibilitados de ver, o sentir que agora aflora em nós, nos mostra a falta que faz ver o outro, e, como será bom ver e sentir o outro, agora que sabemos da importância do ver e sentir..
Já não vejo, mas eu sinto, logo eu verei e sentirei, e vai ser tão bom.
E você, o que não vê, mas sente?
Fcalmeida
Fcalmeida
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