CHORO DE UM FILHO
No teu rosto, já tão velhinho
De olhar perdido na vastidão
Em teu corpo sequinho
Ainda guardas em nobre coração
A honra que te fez caminho,
Dos sonhos e da imensidão
De quem sempre sonhou baixinho
Para que não lhe faltasse o pão?
Hoje, octogenária e doente
Evidencias com prontidão
A tristeza, de não seres outra vez valente
E falares uma vez mais, ao coração.
Então, quantos mais – de dias carente -,
Quantos mais, ó minha mãe, à nefasta emoção
(A qual em tempos já te foi temente),
Irás permitir que te roube a razão?
Jorge Humberto
30/08/20
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