HOUVESSE O DIA!
Há a fome a um canto escondida.
Há a morte e uma vida ofendida.
Seringa na mão. Olhar perdido.
Morreu ontem em lugar indevido.
A Natureza, dia-a-dia remexida
E o fogo posto p’la garganta f’rida.
Há mortes p´lo chão, coração dividido.
E Inda há quem o tenha em sítio devido.
Há a pressa e o desnorte evidencia
A consciência intranquila.
P’la mutilação do Planeta Terra
Aqui e ali, a continuação da guerra.
Mais a ganância que jamais aniquila
Todos os valores… houvesse o dia!
Jorge Humberto
19/08/20
Santa-Iria-da-Azóia