O tempo abocanha os dias
Devora as noites
A fera tem dentes e garras afiadas
Nos mostra uma visão
Eterna do nada
Uma paz usada como arma.
O tempo engole as paixões
Devora vidas, carnes e ossos
Da um leve rizo
E se esquiva.
O tempo é cru e cruel
Ele veste nossos sonhos
Leva nossos amores.
Constrói e destrói vidas
Nos mata na carne e depois no nome.
O tempo é feio, futil e inútil
Se não estamos prontos.