Sino
Bate sino
acordando
sonhos
nunca
vividos
de
incrédulos
desejos
aprisionados
em
pequenas
gotas
de
vidro
orvalhadas
pela
singela
manhã
de
dezembro.
Do nada
ainda
resta
uma
tênue
esperança,
não
verde,
mas,
sim,
rubra
de
tanto
orar
para
que
o
sino
não
bata
nunca,
nunca
mais.
Alexandre Sansone
Década de 1970