ORGASMOS POÉTICOS
Raymundo Perez Cortizo
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O poema
gozou
com a poesia.
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O verso
ejaculou
um poema.
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Quando viu o tamanho da inspiração,
a poesia a abriu as pernas.
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Versos masturbam,
ejaculam
na fenda da poesia.
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A poesia ficou molhadinha,
quando sentiu a ereção dos versos.
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A vagina,
era uma poesia com métricas e rimas
e de versos alexandrinos.
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O verso despia
a poesia:
gemia.
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O poema enrijecido
rimou
na orvalhada poesia.
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Textual e nua,
a poesia murmurou:
Tenho múltiplos versos e sou sua.
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O verso todo pasmo
treme semântica suado,
e a poesia, no lírico orgasmo.
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A poesia sensual e com cio de fantasias,
queria mil e uma noites de versos alexandrinos, épicos...
O poema em riste só queria lirismo em versos livres.
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Louvado seja,
o verso ereto
e a poesia pentelhuda.
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Foram tantos os cios,
tantas as sacanagens
memoráveis e inesquecíveis,
que a poesia virou flor
e a poesia deu flor
num orgasmo perfumado.