Sal desse mar
De ondas bailarinas
Que me adoçam o dia
A ti grito para acalmar
As letras mais finas
Que o amor me trazia
Sol desse céu
De nuvens tão sós
Que olhos me abraçam
Loucas de corpo ao léu
Que de fado na voz
Puras me trespassam
Mal desse mundo
De homens cegos
Que me pisa o ser
Mudo, surdo e imundo
Se solta dos pregos
E morre sem nascer
Mel desse olhar
De infinito sem fim
Que nos leva aos dois
Mãos abertas a chorar
Que lembradas de mim
Se esquecem depois
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma