Sentei-me ao lado do meu insustentável segredo
Aprisionado nas raízes profundas da minha mente
Ébrio demente que se esconde num vazio degredo
Interrogando-me da razão porque estou inconsciente
São tantas as noites como esta que discuto com a morte
Do excesso de querer viver num silêncio sufocado de dor
Trazida por ventos insalubres, vindos do ontem sem sorte
Singrando sobre o mar de sangue do meu corpo sem amor
A alegria frágil dos sonhos traz de novo a noite imperfeita
Herdando revoltas do além, do supérstite veneno que resiste
Procuro, revolto-me, grito… trago os nervos como suspeita!
Do vidro que existe a fazer barreira entre o alegre e o triste
Esta ainda não foi a noite magistral para sucumbir à vida
Discurso espavento com o sono tentando lograr a paz
Abrem-se-me as minhas veias desta existência vazia
Assassinadas pelo incêndio dos sentidos, do corpo que jaz
<br>
Direitos Reservados