É um grande mal a assolar a vida humana
Um terror agonizante em todas as esquinas
Sangue a jorrar sem limites
Para o que se chama violência!
Um grito de desespero nas favelas
Uma voz que é sufocada nas casas solitárias
E o pavor das armas apontadas para os cérebros
Miolos esparramados pelo chão.
Violência! Violência!
Ouça os gritos pelas cidades, vilas e aldeias.
Homens que se apressam a derramar sangue
Por todos os lugares
De todas as formas
Com requintes de crueldade.
Até quando clamará o inocente pela sua vida?
Ganância e soberba tomam conta de homens inescrupulosos
Malas e sacos de dinheiro para abastecer o crime organizado
Colarinhos brancos que sabem não serão punidos
Caso sejam pegos em suas artimanhas corruptas.
A situação política é desesperadora
Desviam dinheiro público da educação e saúde
Deixando morrer a míngua crianças e idosos.
Quem ouvirá os choros dessas crianças ou o lamento desses idosos?
Políticos corruptos usufruindo de paraísos fiscais
E lavando dinheiro que poderia amenizar o sofrimento de milhões.
Até quando isso vai ser assim?
A cor da pele é motivo de segregação
Em uma sociedade preconceituosa.
Vidas discriminadas pela cor, gênero ou religião.
Não há respeito as diferenças
Nem aos direitos humanos.
Abutres de uma sociedade corrompida pela maldade
Onde os padrões sociais são fachadas incólumes
De terror e ódio pela supremacia racial.
Quem criou a ideia de que há uma raça superior?
Até quando haverá racistas, machistas, e outros "istas"
Para destruir os sonhos alheios?
Por todo lado é possível contemplar a miséria
A exploração e a exclusão social.
Por que o ser humano chegou a esse tão baixo nível?
Até quando poderemos suportar tudo isso?
Só o tempo poderá nos dar respostas.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense