Prosas Poéticas : 

Nem mesmo a canção parece querer acariciar-me...

 


Degusto goles de safra abatida!
Safra de vida sem vida!
Experimento o sabor amargo do meu âmago.

Ouço uma música antiga
Nem mesmo a canção parece querer acariciar-me...
Ela insiste no ardil de minha história fracassada.

A melodia surge como ondas revoltas
Batendo nas encostas de minha alma fragilizada.

Os músicos silenciam-se no velho disco de vinil...
Se vão sem meus aplausos, cabisbaixos, insatisfeitos!
Quisera eles, abraçar um leve suspiro meu!
Enfim...


Tranco-me em um calabouço frio, escuro, úmido!
Lágrimas vertem na imensidão desse vazio......



Sou só eu agora...
E teu cheiro mágico, criado pela minha alquimia.




Lanna
(16/04/08)



 
Autor
Lanna Agda
 
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