Falar sobre o amor é esquecer que tenho um corpo,
uma carne, um coração;
é sentir o seu íntimo batendo dentro do meu.
é olvidar que tenho limites humanos, que amo...
Sentir o amor em mim
é sentir você, seu gosto,
seu corpo, sua saliva;
é elevar-me aos planos superiores da vida,
nos planos superiores de Deus.
conhecer a vida pós morte,
saber que você é minha alma gêmea,
receber as bênçãos dos deuses gregos;
uma resposta da arte que insiste
em não perdoar minha loucura...
Diretamente das mãos de Deus,
peço perdão por ser louco por você
por ser a morte em tudo que acredito,
a única saída para nosso fim;
que essa mesma desfunção não me tape
os ouvidos e a boca, me faça gritar
mesmo distante, que sinto a sua falta,
que sinto sua saudade arder dentro de mim.
Viver o amor é acreditar na felicidade,
no grito e no silêncio de minha tristeza,
é buscá-la incansavelmente dentro do meu ser,
buscá-la no meu sentimento, no meu silencio;
estando mergulhado na lembrança de minha infância,
vivendo uma simples alegria para acalmar minha alma...
O amor pleno aconteceu antes mesmo de haver o encontro,
posto que é manifestação de energias cósmicas
que se anunciam no éter destructivo da vida,
pelos sentidos mais formais desenvolvidos pelo homem;
que foi amar de verdade aquela mulher,
pelos sentidos mais formais da natureza humana,
a pureza e a doação por completo...
A afinidade inexplicável que transcende
as mais elaboradas definições do que sinto por você
é uma utopia desnuda neste amor pleno
que insiste em me consumir.
TCintra