ROSAS DOS VENTOS
Tantas rotas eu dei aos sentimentos;
Tantas me foram já desventurosas,
Que aos ventos atirei versos e prosas,
Qual se alivia a carga entre tormentos.
Quantas vezes topei com maus momentos!?...
Quantas lidas em noites tempestuosas?!...
Mil amores segui seguindo as rosas,
Com Neptuno a rodar os quatro ventos...
Rosas dos ventos que então navegante
Perdi por rotas vãs que vão avante,
A todo pano pelo azul profundo!
Ventos às rosas murchas e passadas...
Levai-m’as! Novas rotas são traçadas
A ver n'um novo amor um novo mundo.
Belo Horizonte - 13 06 1996
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.