Meu cérebro vive em turbilhão
E é uma vitrine de mim mesmo;
Sinto-me doente, porém estou são
E tudo o que vier são coisas a esmo.
Neste instante dou a mim um preço
( me vendo e me compro por milhão);
Assim, a ninguém dou meu endereço,
Pois não quero machucar meu coração.
Há conspirações que me teço a mim
A fim de balouçar a minha inspiração
Que vive à deriva dum refletir anão...
Tudo é simbiose – do começo ao fim –
Então me produzo com engenho e arte,
Porque sou artista e não o sou, destarte!
DE Ivan de Oliveira Melo