Sim, o sonho acabou…
devaneou nas nuvens do maybe,
no grito estridente do por do sol
que chora o fim do dia
em gemidos profundos de gratidão.
Sim, o sonho acabou…
esperançoso no tridente
encarcerado nos momentos
tocados em melodias
infinita e inexistentes.
Sim, o sonho acabou…
conduzindo destinos ao som
que nos leva em uma escadaria para o céu
inundado de um sentimento cardíaco
que traspassado pela lança da traição
ajoelha ao pé das emoções de uma cantiga
que mais parece desespero.
Sim, o sonho acabou…
com temores e tremores que ecoam
na floresta da primavera,
no fundo do poço sussurrante,
na laje plantada, na alma
dilacerada pela encarnação
da overdose semântica de um
amor que ficou paralisado no passado.
Sim, o sonho acabou…
nos tormentos indignos de prazeres
multiplicados com a nossa existência colateral,
estrelada na criatura do brilho lunar
que rompe as esperanças do pensar.
Sim, o sonho acabou…
e com ele tudo que chora no espírito,
o ar, o mar, o lar, eles,
o amanha, a ida e a volta
o choro, o ranger dos corações
que segue um logo caminho
iludido por acreditar que não acabaria jamais.
Sim, o sonho acabou…
e agora José!!!
TCintra
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