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Uivos no cimo
despertaram-me.
E vi-te majestosa
como da prima vez,
mas não me basta
luz, prata e mel
se tu jaz enluarada
no seu infindo céu.
Quero-te perto,
‘aprochegada’,
vencida de distâncias,
de palavras rasgadas.
Por ti destruí
todos os versos
e tudo que me feria.
Assusta-me reações
minhas e seus silêncios
quando te sinto
inebriando-me
em absinto...
Imagino-te,
impregnando-me,
embebedando-me...
Tão forte em mim
última emoção ficada,
que chega doer;
talvez anseio de rever-te
numa lunação breve, no
lado oculto e misterioso
do teu negro olhar.