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Rogério Beça | Publicado: 19/07/2020 17:39 Atualizado: 21/07/2020 05:41 |
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Re: Rosa dos ventos
Um segundo poema interessante.
Faz um boa apresentação com o primeiro. Sou também um pouco influenciado pela forma como foste respondendo aos comentários, serena, sem temores. Ter a personalidade estruturada, e tomar decisões em função dum passado firme e experiente, manter os ideiais tem vantagens e desvantagens. Quando há carácter, também uma certa tendência a ser menos volúvel. O poema está construído com um sujeito poético em observação de outro. A esse outro é observado, precisamente, o olhar, a capacidade de observação. Os olhos dessa característica são um pouco obscuros e vítreos, e produto da lava, sugerindo um ardor anterior ao olhar. A ambiguidade é um assunto que me atrai. Motivo principal do comentário que estou a fazer. Contrasta radicalmente com o "...perenemente..." e "...Fixos..." que não permitem mais do que uma opção. Daí nos identificarmos com a vontade de ter a labilidade dos pontos cardeais, dos quais achei bastante graça a substituição por outros nomes menos comuns. Vocabulário acrescido é agradecido. Essa, a condição para o sujeito poético dar a ternura, um bem, em estado puro, tão raro... Conselho de quem não te conhece, em vez de Sarah era engraçado se por mero acaso fosses Rosa Azevedo, ou Sarah dos Ventos. Por falar nisso, um pseudónimo com o nome Rosa dos Ventos seria bem engraçado (não sei bem se original), ou só Sara do verbo sarar... Abraço. |