Na cabeça
uma luz acesa
e a necessidade
de repouso
num turbilhão
de pensamentos.
A dúvida e a fé
digladiam-se.
Grilos
barulham
no ouvido.
As pálpebras
estão caídas
e distantes.
A cama e a colcha
de retalhos ofuscam
remédios.
A areia nos olhos
salgados de mar,
Impede a leitura.
Os livros
continuam fechados.
A cidade
acorda.
(O sol não espera).
Do clarão
da rua
à brancura
do quarto.
Há
recomeços
e reflexos
de ontem.
Poemas
deslisam
nas águas.
F.MOR
Poemas em ondas deslizam nas águas.