Poemas : 

In extremis

 
Na cabeça
uma luz acesa
e a necessidade
de repouso
num turbilhão
de pensamentos.

A dúvida e a fé
digladiam-se.

Grilos
barulham
no ouvido.

As pálpebras
estão caídas
e distantes.

A cama e a colcha
de retalhos ofuscam
remédios.

A areia nos olhos
salgados de mar,
Impede a leitura.

Os livros
continuam fechados.
A cidade
acorda.

(O sol não espera).

Do clarão
da rua
à brancura
do quarto.


recomeços
e reflexos
de ontem.

Poemas
deslisam
nas águas.


F.MOR


Poemas em ondas deslizam nas águas.

 
Autor
RaipoetaLonato2010
 
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