Sequelas
Morri!
à mingua na ausência de uma gota
de veneno ou do som supremo da ventania.
Era o ar ausente e toda
a permeável e independente
alegoria e
não havia mais raiz e a cada dia
sentia esta ausência inconsequente.
Olhei!
à medida que minha voz enfraquecia.
Eu rezei a Deus.
Eu rezei a Ave Maria
As longas horas que em um morto jardim
e assim
sem que houvesse receio
eu passei a esperar o meu fim...
que não veio.
Vivi!
à sombra deste delírio que invento
com meu peito amortecido
retiraram a rosa negra da minha lapela
e agora perdido no tempo
eu vivo
com as tristes dores das minhas
sequelas.
Alexandre Montalvan
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