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nem sempre gosto da chuva
inda mais quando estou só
me dá uma angústia danada
não sei se ando ou se deito
quão mais insistente pior
às vezes quero sua ausência
com sua presença é melhor
mesmo fustigante enxurrada
alheio-me qual alma penada
me deixando molhar sem dó.
chovendo assim me dá gosto
caindo do céu aos cântaros
batendo fria em meu rosto
véu de água no meu pranto
nisso ela tem seus encantos
vinde então bendita chuva
preencher esse momento
dê a esse vazio um jeito
venha lavar todo tormento
que teima afogar meu peito