#O #SEDUTOR
Quando ele chegou à cidade...
Estrela vespertina anunciou naquela tarde...
A solitude do cavalheiro...
Bem trajado... faceiro...
Calado...taciturno...
Diante do mundo...
Agitado...
A noite se avizinhava...
E quando o céu de estrelas se fez...
Em serenatas ele cantou...
Para a lua e para a amada...
Os olhos tinham...
A claridade da aurora...
E tão distante ecoou...
Suas cantigas de amor...
E as primeiras mulheres apareceram...
Todas se sentiram amadas...
Sonharam que para elas....
Eram as entoadas...
Cantou a beleza da nova madrugada...
A escuridão que permitia...
Segredos de alcovas...
Paixões em demasia...
Rogaram pelo seu amor...
E ele apenas sorria...
Dizia ele em versos e prosas...
Cantando sua história....
Que a visão da beleza...
Era de poesia...
Mostrou às amantes...
Oferecendo a tristeza do amor...
Da carne a alegria...
Do prazer...
Depois a dor...
Carregava consigo...
A alegria que vive na luz...
Não amava ninguém específico...
Eu como testemunha o digo...
Desejou a tantas...
E tantas carnes de mulheres as teve...
Mas não envelheceu no amor que elas lhe deram...
Por mais que assim também quisesse...
Quando já raiava no céu distante...
Luz calma inridescente...
Já tinha, em cântaros, se embriagado...
De corpos suados...
Partia...
Falando de ardentes promessas de amor...
Que voltaria...
Dizia que deveria esperar...
Outra lua cheia...
Outra madrugada para amar...
Mentia...
Com tamanha ousadia...
Que era impossível...
Nele não acreditar...
E assim partia...
Para nunca mais...
Voltar...
Sandro Paschoal Nogueira