Enviado por | Tópico |
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Rogério Beça | Publicado: 09/07/2020 16:32 Atualizado: 09/07/2020 16:32 |
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Re: romantiquetas
Como explicar a esperança que não espera, que sente que é tempo de avança?
É o que, delicadamente, este poema nos propõe. A primeira estrofe traz uma malandrice, em que coloca uma entidade feminina a permitir-se consumir (respirar) uma masculina, convergindo numa repetição que se marca pelo "...novamente...". Na segunda mantém o tom de consumo. Uma posse cautelosa, mas vital, o Homem consome, ou some. "...mas..." e acho tão importante este mas impõe-se condições. E a estrofe que o diz é muito tua, tem o teu estilo e marca de qualidade: "...a ponte que atravessa-lhe o peito é pedinte de alguém que a percorra com jeito..." A rima fixa o ritmo e a melodia mas a metáfora da ponte, a introdução do pedinte, o pleonasmo na cautela, tudo tão cheio de receios e coragens... E continuas com as condições que o sujeito poético delinea "...de andar paciente assovio suave que de ponta a ponta o propósito seja dar balanço perfeito..." Um apelo pouco apaixonado e avesso a destruições e caos associados a elas, as paixões. Sofreres. Por isso tenham cuidado e avancem... bj |
Enviado por | Tópico |
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Alpha | Publicado: 10/07/2020 19:21 Atualizado: 10/07/2020 19:21 |
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Re: romantiquetas
Quando a poesia ganha asas
Como esta que acabei de ler Não precisa cabana ou casas Para nela nos deixar envolver. Beijo |