Poemas : 

Singelo choro dos escritores

 
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De gorjeta não vive a humanidade
Nem de favores nasce a prosperidade,
Luso viveu momentos bons
Hoje, são escassos os sons

Sons das vozes no brilho das mentes,
Que aqui se fazem presentes,
Chora-se a ausência dos leitores;
Singelo choro dos escritores

Em cada rima aqui posta,
Leva uma lágrima
E no rosto do poeta, só se vê lástima
Derivada pela ausência imposta

Ausência dói
E a falta dum olhar mói,
Vê-se a dor no semblante do poeta,
Que vê sua obra n’olho da sarjeta

Sarjeta que o olhar do leitor evita
E o escritor não desacredita
Do seu manso poetar,
Que tudo faz pra o leitor encantar

Ausência dói,
A falta dum olhar mói,
Luso vive momento incerto
E no miradouro, só vê dunas do deserto

Adelino Gomes-nhaca


Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
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Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 05/07/2020 14:43  Atualizado: 05/07/2020 14:43
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8483
 Re: Singelo choro dos escritores
O vazio dos olhares
Nos acalorados versos,
Dó e mói a alma do poeta

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/07/2020 21:23  Atualizado: 16/07/2020 21:23
 Re: Singelo choro dos escritores
"Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses"

Fernando Pessoa

O poeta é muito sensível e sofredor. Tudo lhe dói.
Gostei.


Abraço