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Entre o brilho nas bordas dos castelos prateados,
onde brancas nuvens dançavam, pousadas
nas negras pedras da montanha de sopé com cerração...
Meus olhos viram;
raios fantasmagóricos rasgando o céu,
rompendo em esplendores dourados de sol
inda morno e sonolento...
Hoje choveu de manhã;
a mata alta ainda dormitava, havia o verde na penumbra
iniciando o chilrear da passarada, destaque; o canto do bem-te-vi.
Sempre ele, o Bem-te-vi!
- bem-te-vi... bem-te-vi...bem-te-vi...
E o sol deslizava manhoso!
Na mata breu, o verde nasceu molhado porque choveu...
Choveu, molhou, inda assim coloriu;
coloriu depois da alvorada, amanheceu...
Sorriso de pouco tempo...então;
O sol nasceu, cresceu!...
O sol ferveu, secando o verde da mata,
queimou. ardeu, e a passarada morreu;
morreu toda a passarada na terra que não mais choveu...
Sofri, sofri, quanto sofri, pois a seca não cedeu.
Só mais longe é que choveu...
Voltou o verde da mata breu; não voltou a passarada,
mas um canto me fez sorrir; um canto só meu.
Ele voltou, não morreu! Não morreu o Bem-te-vi.
- bem-te-vi... bem-te-vi... bem-te-vi...
...olhar interiorano