..............“Ontem floriste como por encanto,
...................sintetizando toda a primavera;
............mas tuas flores, frágeis, entretanto,
..........tiveram o esplendor de uma quimera.
....Como num sonho, ou num conto de fada,
...........se transformando em nívea cascata,
.................tuas florzinhas, em sutil balada,
................caíam como se chovesse prata…”
.........................................(Sílvio Ricciardi)
Do ipê as flores mortas
Esvoaçam sempiternas pelo chão...
Erguem-se e vão bater à tua porta
Como um buquê de solidão...
A solidão (essa existência amarga!),
Enraizada à fundo ao coração!
Que sangra os sonhos e se propaga
Dos recurvos galhos até as mãos...
Folhas mortas esvoaçam pelo chão!
Caídas dos galhos desfolhados
Recobrem teu túmulo desde então...
A inconsolável perda, essa solidão...
Esses sonhos (de nós) levados,
Como as flores da última estação...
(Onivan)