Sou de águas límpidas mas revoltas
Sou de além-mar
Sou vento... maresia
Sou tudo e nada
Mas sou lágrima
Esse mar no meu olhar
Salgado, revolto
Indomável
O meu mar é onde quero chegar
Ao sabor do vento velejar
Nos silêncios das vagas
Me encontrar
E em ti naufragar
Tu, meu mar
Meu céu
Meu olhar
Vou cair
Me abandonar
Vou deixar esta corrente
Me levar
Ao fundo de mim
Poço escuro
Águas turvas
Morrer
E nascer noutro lugar