Olhos de Fogo
Como esta chama continua triste
mas insiste em brilhar todos os dias
somos tantos mas o tempo não subsiste
na trilha incerta de uma poesia
Acordamos em um país que agoniza
em um ano de surreal agonia
se existe uma só alegoria
é que a morte vem com a leve brisa
Em um grito fugidio de um sonho
São olhos de fogo que fluem soltos
Girando até se sentirem tontos
Num beijo ensanguentado no resplendor
Envolto na dor e nas fases do corpo
Rubor que parece banal
São tantos dias e anos andando
Indo atrás das orgias do mal
Amarga é esta vida que sumida
Dissolve-se nos atos mais cruéis
Sãos os sons que afloram na chuva
As aguas que escorrem relutam normais
Alexandre Montalvan
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