O amor mora no mais alto pico do mundo
Lá onde nasce a saudade que um dia
Fez de mim um vagabundo
De altos sonhos oriundo
Para as ruas da nostalgia.
Para as ruas onde rastejo
E escondo meu lado que chora
Porque já tive amor de sobejo
Amor que hoje não vejo
E já sofro pela demora.
Já a minha alma vai cega
Com vendas de desilusões
Teme, teima e não se entrega
E com o gelo que carrega
Arrefece as tentações.
Disfarçada de insensível
Nas tristezas e ausências
E estupidamente indisponível
Vejo-a ao espelho desprezível
Iludindo as aparências.
Sem uma luz neste negrume
Tentar é só o que me resta
Vou dispensar este azedume
E fazer do amor um costume
Porque viver sem amor não presta.
Nascer para ser feliz