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TABUADA

 
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TABUADA

Quantas vezes eu fui eu?
E quantas tantas não fui?…
Sou colunata que rui…
Um templo que se perdeu
Na memória se dilui…

Tábua de números vãos,
Minha vida os repetir
Várias vezes ao existir
Nos dedos de minhas mãos,
Contando cada devir.

Fui quem eu tinha-de ser;
Sou quem soube me tornar.
Tabela a se decorar,
Conto até não mais poder
Quanto fiz multiplicar:

Um vez um vez um vez um…
Ao infinito continua!
Sou grandeza que flutua
Entre meu lugar-comum
E o céu em noite de lua…

Porque tabuada de mim,
Os números encontrados!
Como mantra recordados,
Mudassem tudo no fim,
Com os mesmos resultados…

Betim - 17 06 2020


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
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Enviado por Tópico
nereida
Publicado: 19/06/2020 13:05  Atualizado: 19/06/2020 13:05
Membro de honra
Usuário desde: 27/08/2017
Localidade: São Paulo
Mensagens: 2285
 Re: TABUADA
Gostei e relembrei meus tempos de escola que tinha que saber de cor e salteado. Lá se vai ,bons tempos .
Parabéns pelo soneto.
Abraço.