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Enviado por | Tópico |
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Rogério Beça | Publicado: 09/06/2020 14:34 Atualizado: 09/06/2020 20:48 |
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Re: Pedido de desculpas
Dois pedidos de desculpa tão diferentes e tão cuidados em tão pouco tempo.
Peço desculpa, passo a explicar-me: Ainda há dias li um poema com o mesmo título de um outro utilizador, que gostaria que tentasses adivinhar. Além disso, bem feitos. Neste: "...Há coisas que não entendo..." surge mais ou menos no meio. O sujeito poético tem uma forma ardilosa de nos guiar neste poema. Apesar do nome próprio que se marca logo no primeiro verso, num "...mim..." claro, ele nega-se logo no segundo verso com um "...me recordo...". Nada teria de especial este começo se o autor não se chamasse Esqueci. Semanticamente torna-se uma graça, povoada de antítese e ambiguidade. Mas continua porque recorda-se "...do bom\do mau...". Reflectindo talvez na sua humanidade, nós os humanos somos capazes de ser do bom e do mau. Depois volta a assumir a sua identidade, com um "...esqueço..." juntamente com o temor de o ser. E volta atrás. A fragilidade já lhe deu dissabores intensos já que a evita , quando a sente a "...agarrar...". A máscara do esqueci tem um certo incerto conforto. Acho que o inesperado deste poema é o "...beijo..." e o "...pombo...", que deve ser do tamanho duma águia para conseguir levar (ter) tamanho papel. Obrigado por me inspirares mais um comentário Abraço irmã |
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