Saudade!
Noites de insônia
Passei a te esperar,
Com os olhos pregados
No teto pensativo.
Meus lábios trêmulos
Murmuravam preces noite a dentro
E quando me vejo o sol já nasceu.
Saudade!
São como pedaços de venturas mortas,
Como o uivar de um lobo na noite,
De uma visão melodiosa.
Saudade!
Perfume vago que esta no quarto
Soltos ao vento a me machucar,
E eu resumo triste como um adeus,
De uma linda historia de amor
Que se acabou como por encanto
Deixando que a sombra se abatesse
Sobre as nossas vidas.
Saudade!
Doces chamados que veem de longe,
Mas que nossos ouvidos não escutam
E que somente o coração ouve
E vislumbra estas sombras misteriosas.
Saudade!
Única herança que este amor
Deixou para nos dois,
Quando partindo vai
A dor que aliviou
E o fogo que queima
O meu coração sofrido.
Saudade!
Lembrança de um passado
Que não volta jamais
E triste ventura que o destino destruiu.
Comendador Marcus Rios
Poeta Iunense – Acadêmico –
Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras (AIL)