ENCONTRO
(Alex Sandro De Lima Silva)
Não me lembro dos teus risos.
Nem dos teus olhinhos fitos.
Restou-me parcas lembranças
daquele teu jeito de criança.
Ah, queria tanto te encontrar!
Quem sabe estarás noutro lugar?
Por que não despertas, irmã querida?
Acordai agora, doce menina!
Quando eu mirar teu lindo rosto opaco,
enclausurado num simples túmulo gasto,
não me enfades com teu fúnebre manto,
não faça do meu espírito lugar de pranto.
Antes diga "aqui estou".
Tão viva quanto eu mesmo sou.
Tão alegre quanto antigamente.
Arteira, atenta e inocente.
Ou talvez, eu mesmo vá
até ti, noutro lugar.
Mas o dia e a hora, confesso que não sei,
isto apenas o grande Rei.
Sim! Não sei! E não saberei!
Basta-me te esperar.
Ou melhor, te encontrar.
Nas terras do exaltado Rei.