Como as Ondas
Nas ruas os sons emergem do nada
Como em todos os caminhos do mundo
Estalam surdos os passos nas calçadas
Frágeis almas esperando a madrugada
Sirenes de cinzas mortas sentidas em vão
Caem do espaço como pétalas de flores
Talvez seja a morte levada em um caixão
Quiçá em uma brisa seja um arco íris de cores
O vento bate a porta como um coice
A tempestade é sentida pelas frias mãos
Como a solidão ela cerca a noite
Como as ondas de amor e de perdão
Cerca a noite toda a solidão
A escuridão tinge os olhos com lágrimas
Pequenas gotas caem no chão
Doce veneno em um lago de mágoas
Alexandre Montalvan
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.