#O #BOTO #COR #DE #ROSA
Era noite de luar...
As águas mansas refletiam a lua cheia...
Triste seria aquela noite...
Sem a presença das estrelas...
Naquela noite fria...
Num sorriso de criança...
Num olhar, numa esperança...
Na natureza esquecida...
Apenas uma brisa...
Sentada à margem do rio...
Uma donzela brincava...
Com suas madeixas douradas...
Entre os dedos entrelaçava...
Ao longe, no povoado...
Muita alegria...
Era festa da padroeira...
Naquele dia...
Tinha muitas barraquinhas...
Maçãs do amor...
Churrasquinhos...
Muitas iguarias...
Não faltavam as bebidas...
Ao som do forró...
De grande algazarra e alegrias...
Todos se divertiam...
Mas, aquela moça, de todos preferiu se afastar...
Preferiu nas margens do rio...
Estar ali a meditar...
Na escuridão do infinito...
Todo ponteado de estrelas...
Flores que desabrochavam...
Perfumando a atmosfera...
Das águas antes plácidas...
O amor pode surgir de repente...
Um belo cavalheiro emergiu...
Como uma estrela cadente...
Seduziu e a amou tanto e profundamente...
O amor não marca hora..
Surge quando menos se espera...
E quando menos se espera...
Também vai embora...
Cada um cumpre o seu destino...
Assim está escrito...
Nessa mistura de sonhos...
Agora a donzela bonita está triste...
Vive sentada no barranco do rio...
Junto com a lua e com um pequeno menino...
Esperando a volta do garboso amante...
Que após ama-la...
Mergulhou nas águas...
Desaparecendo...
No horizonte...
Sandro Paschoal Nogueira
http://conservatoriapoeta.blogspot.com
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