FELICIDADE
A sociedade nos impôs a busca da felicidade como meta de vida.
Mas o que é a felicidade? É ter saúde?
É conseguir um amor?
É ter filhos?
É poder comer o que gosta?
É poder viajar?
Ter um carro?
Ter uma casa?
São vários os desejos vinculados à felicidade e junto com eles surgem outras tantas infelicidades.
Pulamos de momentos felizes para outros.
Satisfazemos um desejo e logo percebemos que aquele momento se esvai e já necessitamos de novos desejos.
"Fiquei muito feliz em ter a casa, mas agora quero uma maior".
"Ah, achei que o casamento me faria feliz, mas não é bem assim".
Sempre foi assim.
E então, vem a frustração de se saber infeliz porque nada realmente te faz feliz.
Então, você procura a felicidade numa crença política, religiosa ou em um time de futebol... Uma turma de bar. Amores e amores.
E nada de ser feliz.
Não se vive feliz para sempre e esse é o mal da nossa sociedade.
O feliz para sempre só existe em estórias de princesas para crianças.
Ninguém viu o depois da frase:
"E viveram felizes para sempre".
Te garanto que a princesa se divorciou do príncipe ou o traiu com o camareiro.
Ou se suicidou por depressão.
Ou viveu uma relação morna sem amor até envelhecer.
Não sabemos o que aconteceu porque a estória terminou no "felizes para sempre".
Mas sabemos que, se a estória continuasse, o casal não viveria eternamente feliz.
A verdade é que, não existe felicidade eterna.
Existe momentos felizes intercalados por momentos não tão felizes e muitas vezes infelizes.
Tudo isso são coisas do Ego e o Homem-ego se envereda por esse desejos.
Essas buscas que só o frustram nesse caminho de ser o que não é.
Para se saber de verdade tem que procurar no lugar certo. O seu interior.
É lá que se encontra o que você definiria como felicidade eterna. O encontro consigo mesmo, o Todo, o Divino.
(Irmão Paulo de Paz).