Foi totalmente incrível tudo aquilo.
Ninguém notou a presença dele.
Muitas pessoas circulavam pela praça naquela noite.
Centenas delas havia acabado de sair da Igreja Matriz.
Outras centenas saíam do cinema.
Muitas outras andavam pelo calçadão da Praça.
Algumas nas sorveterias, outras nos bares do calçadão.
Outras no Pipoca.
Muitas iam até o cais, olhavam o majestoso Rio Paraguai.
Andavam.
Algumas sozinhas, outras em duplas, outras em grupos maiores.
Conversavam.
Sorriam.
Corriam.
Crianças brincavam.
A fonte jorrava.
A Igreja era iluminada.
Algumas tiravam fotos.
Outras selfies.
O Marco do Jauru permanecia imponente.
Pessoas circulavam pela movimentada praça.
Cada um em sua vida, em seus pensamentos.
E ninguém, ninguém mesmo o viu.
O misterioso homem na Praça Barão.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense