Se a alma chora empedernida,
No silêncio carrega sua cruz
E, enquanto a dor a solidão traduz,
Menos tédio consome a ojeriza.
Quando os ventos gritam assobios,
Há avalanches de sentimentos sutis
Que fantasiam o paladar dos colibris
E tatuam no tempo os aromas bravios.
Quiçá as sombras sejam vultos niilistas
Onde os rouxinóis pousam exacerbados
Diante dos cabelos negros dos prados
Onde há a fumaça branca dos parasitas.
Decerto as lágrimas umedecem os vales
Dos bem-te-vis que chilreiam amenidades!
DE Ivan de Oliveira Melo