"It's funny how one insect can damage so much grain"
( Empty Garden, Elton Jonhn)*
Há jardineiros dedicados
Que adubam a morta matéria
E mil maravilhas florescem
Na superfície antes deletéria.
Bom jardineiro cuida e amacia
Do jardim das plantas postergadas
As feridas folhagens ele poda
E retira as urtigas requeimadas .
Sendo a música elemento do amor
E a arte elemento da alma em fome
A poesia nada mais pode ser
Do que alimento do próprio Homem.
Lembremos do exílio de Ovídio
Das reminiscências de Drummond
Das façanhas de Xenofonte
Da "Eneida", de Virgílio.
Façamos igual ao jardineiro
Que cuida do seu jardim em flor
Não deixando que reles inseto
Estrague a semente que germinou.
Por isso um salve à boa poesia
Que, em salutar solo , só, age inerme
Deixando ao jardineiro que bem a cuide
Libertando sua raiz do mal que lhe faz... O verme!
Gyl Ferrys
*É engraçado como um inseto pode danificar tanto grão
Ovídio :
Públio Ovídio Naso (em latim: Publius Ovidius Naso), conhecido como Ovídio nos países de língua portuguesa (Sulmona, 20 de março de 43 a.C. — Constança, Romênia, 17 ou 18 d.C.) foi um poeta romano que é mais conhecido como o autor de Heroides, Amores, e Ars Amatoria, três grandes coleções de poesia erótica, Metamorfoses, um poema hexâmetro mitológico, Fastos, sobre o calendário romano, e Tristia e Epistulae ex Ponto, duas coletâneas de poemas escritos no exílio, no mar Negro.
Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX.[1] Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo brasileiro.[2]
Xenofonte (em grego antigo: Ξενοφῶν, transl.: Xenophō̃n; ca. 430 a.C. — 355 a.C.) foi soldado, mercenário e discípulo de Sócrates. Ele foi autor de inúmeros tratados práticos sobre assuntos que vão desde equitação a tributação, ficou conhecido pelos seus escritos sobre a história do seu próprio tempo e pelos seus discursos de Sócrates[1].
Públio Virgílio Maro[1] ou Marão (em latim: Publius Vergilius Maro; Andes, 15 de outubro de 70 a.C. — Brundísio, 21 de setembro de 19 a.C.) foi um poeta romano clássico, autor de três grandes obras da literatura latina, as Éclogas (ou Bucólicas), as Geórgicas, e a Eneida. Uma série de poemas menores, contidos na Appendix vergiliana, são por vezes atribuídos a ele.