Sensações
O que, por ser considerado um sacrilégio
É um tatear cego por falta de cerne
E a escura matéria que de mim emerge
E faz sentir teus olhos sobre mim,
Um privilégio! Não nego.
Ai de mim que tuas duas safiras flutuam
Criando um fogo que consome meu ser
Na magia de um querer ou não querer
Na moldura deste pedaço da lua
Que imagino ser
Olho-te no tempo como se não estivesse
Na vastidão do meu sentido de existir
De viver um amor desde seu alicerce
E ver este amor na morte transgredir
És as cores que refletem teu espirito
E de repente no teu ventre me aconchego
Se és doçuras na vastidão deste infinito
Também é a dor que na solidão eu me vejo
Saio do corpo como um espirito vagante
Daqui diante entro em um mundo de sonhos
Restam a mim vestígios de um mundo mundano
E meu ectoplasma é de um parecer medonho
Ainda quero sentir a tua mão aveludada
Que suavemente enfraquece
O meu coração
Porque acho que ela fotalece
O éter da m'alma
Senão for pelo sim será pelo não.
Alexandre Montalvan
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