Poemas : 

Poemetos

 
Ardências

Ardem
a alma
no esteio
do poema.

Sopro o fogo
das palavras.

O poema mora
no tempo
do mundo.

Funde-se
ao ferro
respira
dissolve-se.

Guarda-se
a chuva.

Liberta emoções
em nuances
de cores na tela
dos sentimentos.

Renovo-me.
Sou águia.

Com mil olhos
compreendo
aqueles que
me ignoram.

De tão ávidos
veem limites
no meu apego.

Em desassossego
é inútil e divertida
a fúria da alma.

Encaro
esboços
profundos
do ego.

Sei do extenso
desconhecimento
(reflito).

Entrego-me
ao mundo.
Escrevo.

Nervos em comunhão
são rodovias
curvas e retas
e pontes em
construção.

Poemas
desenham-se.
...

Ai de mim!
Perco-me
ao lembrar
de abraços
do amor
ao primeiro
gole do café
da manhã,
indo da cozinha
à sala de estar.

Sou imperfeito.
Desfolho-me
no orvalho.

O amor é maior
além de 1m80.

Olho teus olhos
e confesso;
és o lado oculto
do meu carma.

Encerro-me.
Sonho ser
uma flor
para que
me possas
regar.

Digo coisas
inspiradas:
Entorto-me
com teimosia
e silêncio.

A poesia
deslisa
nas mãos
em desenhos
surreais.

Evoluem ideias.
Iluminam-se.
...
O poema

Um vento desvairado
leva o poema
inteiro para
a rua.

O desejo
emoldura
olhares.

O canto do galo
é prenúncio
d’um poema
na madrugada.


Poemas em ondas deslizam nas águas.

 
Autor
RaipoetaLonato2010
 
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