Aquele olhar que a outro olhar se lança
Desperta o ser amado num sorriso
Um mar de risos dentro dessa dança
E dentre pouco já se perde o siso.
Satânica ânsia engendra essa esperança
Quando um ser descoberta o Paraíso
Na luz da nudez de um corpo que cansa
Que cala todo o mundo de improviso.
Dentro de determinados instantes
Duas vidas em êxtase, em orgasmo
Que se liberta lindamente em si.
Liberto o gozo afável dos infantes
Em fuga célere corre o marasmo.
Ao fim do coito, o Diabo sorri.
Gyl Ferrys