Pobre Menina Pobre
Pobre menina pobre que de seu leve sono acorda
É uma brisa que lhe bate as orelhas
O sussurrar do vento nas telhas
É o leve bater da porta
Vejo em seu rosto um assombro esvaído
No toque do travesseiro de espuma
E seu sono que era só uma pluma
A procura de um sonho
Vivido
Já não lhe fere o seu desencanto
Ela não quer contar ovelhas
Talvez apenas queira
Ouvir o vento entoar o seu canto
Vejo nos seus olhos uma noite desfigurada
Em um sono que não mais importa
Serão o zunir dos vendavais
Em sua porta
A verdade é que nada a conforta
Pois seu azul virou cinza
Na refração da água estagnada
Não há nem o sono da madrugada
É só mais um sonho que nem começa e já finda.
Alexandre Montalvan
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