Talvez o verbo pintar seja cobarde e não ligue ao pressuposto que pintar seja uma atividade lúdica não só com as cores mas também com palavras.
Gosto de palavras coloridas, daquelas que me fazem sorrir, mesmo em dias de chuva miudinha.
Por vezes, as palavras são rios carregados de ternura, outras vezes, caem em desuso por falta de sol.
Nunca sei o que esperar no dia de aniversário, uns dias isto outros dias aquilo. São verdes os ais do meu peito quando vislumbro a tua indiferença, mesmo ao pôr do sol guardo o teu olhar de mansinho.
Faz tanto tempo que partiste e não me canso de cantar em sintonia com a saudade que quase não cabe no saco de cerejas doces e rubras.
O tempo passa aos solavancos e às cavalitas das rugas que me povoam a pele.
Será um fim de semana promissor, fico à tua espera.
Carolina