Um dedo de prosa em pedra porosa.
Um pé de mesa alquebrado no sábado.
Um braço de rio por algas tatuado.
Que pena que era de plástico a rosa!
Tão leve e suave o seu corpo de água
Que lentamente move a falua
Que por volição segue marítima rua
Deixando um rastro de espuma e de mágoa.
No jardim das pedras um velho seixo chora
Lamentando a ausência do que nunca foi
Assim sendo, tem preferência o antes e o depois
Já que tudo era só um pedaço de rocha...
No poema sem pó e sem T tem tema.
Porém nem todo poema passa percebido.
Um poema é apenas um canto sentido
Um misto de palavras, de signos e... Emblemas!
Gyl Ferrys