Poemas : 

Um Dedo De Prosa

 
Um dedo de prosa em pedra porosa.
Um pé de mesa alquebrado no sábado.
Um braço de rio por algas tatuado.
Que pena que era de plástico a rosa!

Tão leve e suave o seu corpo de água
Que lentamente move a falua
Que por volição segue marítima rua
Deixando um rastro de espuma e de mágoa.

No jardim das pedras um velho seixo chora
Lamentando a ausência do que nunca foi
Assim sendo, tem preferência o antes e o depois
Já que tudo era só um pedaço de rocha...

No poema sem pó e sem T tem tema.
Porém nem todo poema passa percebido.
Um poema é apenas um canto sentido
Um misto de palavras, de signos e... Emblemas!




Gyl Ferrys

 
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